segunda-feira, 3 de outubro de 2011

EUA: Congregação protestante pentecostal se converte ao catolicismo.





Fonte: Revista Pergunte e Responderemos
Em Detroit (U.S.A.)
O relato subseqüente narra as etapas da conversão do pastor Alex Jones e de sua comunidade ao Catolicismo. A autora do relato é a sra. Diana Morey Hanson, cujo texto foi traduzido por José Fernandes Vidal e enviado a PR via internet.
Segue-se o texto, ao qual será acrescentado breve comentário.
INTRODUÇÃO
Quando o rev. Alex Jones prega, sua voz cheia de profunda sensibilidade ressoa fora do ambiente da cúpula branca da Igreja Cristã Maranatha, na avenida Oakman, no oeste de Detroit. Entretanto, assim não acontecerá mais por muito tempo: o espaçoso e formalmente ornado templo foi vendido. Isto porque a Congregação, predominantemente afro-americana, se reduziu de 200 para 80 nos últimos dois anos, pois o pastor Jones, 58 anos, trocou o culto Pentecostal por uma réplica da Missa Católica.
E no domingo, 4 de junho, celebrando a Unidade Cristã e a Ascensão do Senhor, a Congregação decidiu, por 39 votos a favor e 19 contra, os próximos passos necessários para se tornar católica. Sua história é uma jornada de fé que está cheia de surpresas, angústias, dúvidas, amor e alegria.
“ESTÁ MALUCO”?
“Eu pensava que algum espírito se apoderara dele”, diz Linda Stewart sobre seu tio Alex, pastor da Igreja Maranatha (que em aramaico significa “o Senhor vem”). “Pensava que nessa procura pela verdade ele se extraviara e perdera a cabeça”. A razão para a preocupação de Linda Stewart era que seu tio, tido como um pai por ela desde o falecimento de seu verdadeiro pai havia alguns anos, trocara o estudo da Bíblia, realizado às quartas-feiras, pelo estudo dos primitivos Padres da Igreja. E gradualmente foi trocando o culto dominical por um definitivo retorno à Missa Católica: ajoelhar-se, Sinal da Cruz, Credo de Nicéia, celebração Eucarística - todos os nove passos. “Tínhamos aprendido que a Igreja Católica era a grande prostituta”, explicou Linda. “Tínhamos aprendido que o Papa era o anticristo… Maria? Maria? De modo algum! Éramos felizes e seguíamos em frente, seguíamos exatamente a Jesus e, então, lá ele veio e nos torceu com umachave-inglesa. Eu estava triste -disse Stewart - e pensava: ‘está maluco se julga que iremos cair nessa!’”.
O princípio de tudo isso ocorrera há alguns anos, quando Jones assistira a um debate entre o anti-católico David Hunt e o apologista Karl Keating no show de rádio “Catholic Answers” (= “Respostas Católicas”).
Keating fizera uma pergunta profunda: “Em quem você acredita no caso de um acidente: naquele que ali estava como testemunha ocular ou naquele que apareceu após se passar anos?” Para aprender sobre a Primitiva Igreja Cristã, Keating acentuou que era necessário ler os Padres da Igreja Primitiva, que estavam lá desde o começo.
“Isso fazia sentido, mas eu ainda não estava maduro para mudar”, diz o rev. Jones. “Guardei isso no meu coração e ponderei; mas nada me fez sentido até que li os Padres e constatei uma Cristandade que não tínhamos na nossa Igreja”.
A MUDANÇA
O Rev. Jones estava começando… “Percebi que o centro do culto não era a pregação nem as celebrações dos dons do Espírito, mas a Eucaristia como o Corpo e Sangue de Cristo presente” - diz.
No começo do verão de 1998 o pastor Jones, com seu estudo da Bíblia nas quartas-feiras, decidiu reativar o culto da Igreja Primitiva. Um mês mais tarde, Jones passou a realizar uma celebração eucarística todos os domingos. “Minha Congregação considerou isso ridículo” - ele recorda. “Eles julgavam que uma vez por mês era o suficiente. Reconheci que o povo queria soltar sua voz repleta de tristeza” - diz.
Somadas aos usos teológicos, havia diferenças raciais, culturas e sociais, impedindo que concordassem. “A única instituição negra afroamericana própria é a igreja” - diz Jones. “Quando você abre mão dela e vai para uma instituição própria branca, que é insensível às necessidades dos negros americanos, não fica fácil”.
O livro “Cruzando o Tibet”, de Steve Ray, professor de Bíblia em Milão, proporcionou a Jones ensinamentos das Escrituras sobre o Batismo e a Eucaristia. Jones reportou-se a Ray quando procurou o Seminário do Sagrado Coração e falou com Bil Riordan, anteriormente professor de teologia ali. Começou a se encontrar com Ray de forma regular e a dialogar quase diariamente por telefone ou e-mail. O estudo da Bíblia às quartas-feiras de Jones se tornou um estudo sobre os primitivos Padres da Igreja, sobre o Catecismo Católico, Maria, os santos, o purgatorio, a teologia sacramental e o desenvolvimento da doutrina.
“Comecei a deixar de lado a Sola Scriptura (= somente a Bíblia), o coração e a alma da fé protestante” - diz Jones.
O POVO COMEÇOU A SAIR
Até a sobrinha de Jones pensou assim. “Cada Domingo ia para casa e dizia: ‘Este é o meu último Domingo. Vou sair e não voltar mais lá’”. Mas, diz Stewart, como confiava que seu tio era um homem de Deus, acabava retornando e gradualmente as coisas começaram a fazer sentido. No processo de trocar o serviço de culto da Maranatha, o rev. Jones pensou: “Por que eu deveria recriar a roda?” Havia já uma igreja que fazia isso: a Igreja Católica!
“Comecei por perceber que a igreja da sala superior era a Igreja Católica” - diz Jones. “Todas as demais tiveram uma data de começo e fundador posteriores. Eu encontrara a Igreja de Jesus Cristo e estava querendo perder tudo o mais”. Assim, foi ele testado…
PERTURBAÇÃO NO FRONT DOMÉSTICO
“Primeiro pensava que ele fora atraído pelo excitamento de fazer liturgia como os Primitivos Padres da Igreja” - diz Donna Jones, esposa de Alex, de 33 anos. “Isto parecia coisa temporária. Então, ele começou a trocar as coisas drasticamente e eu comecei a realmente ficar admirada do que estava levando adiante. Fiquei perturbada porque sentia que ele estava indo para o caminho errado”.
Muitas vezes, afirma o pastor Jones, sua esposa e seus três filhos adultos, José, Benjamim e Marcos, eram completamente hostis às mudanças. Mas isso não era surpresa.
“Ele havia pregado que a Igreja Católica era cheia de adoração a ídolos” - diz Donna. “Assim, quando começou a abraçá-la, eu disse: ‘Há alguma coisa errada aqui’. Ele me prensou na parede*.
Alex e Donna começaram a discutir e a debater os usos, muitas vezes nas primeiras horas da manhã.
“Eu comecei a estudar a Igreja Católica porque precisava refutar o que ele estava pregando” - explicou Donna. “Precisava de munição. Mas, logo que eu comecei a ler sobre os Padres da Igreja, uma mudança começou a ter lugar no meu coração”. No verão de 1998, Dennis Walters, diretor do RCIA (o Rito de Iniciação Cristã para Adultos) da paróquia de Cristo, em Ann Arbor, se encontrou com os Jones na casa de Steve Ray.
“Decidi, antes de deixá-los afundar ou nadar por si mesmos” - diz Walters - “que ofereceria minha ajuda a eles”. Walters forneceu-lhes, aos mais velhos e aos diáconos, Catecismos Católicos, e respondia a suas muitas perguntas sobre a doutrina católica. Desde março de 1999, Walters se encontrou com os Jones todas as terças-feiras por 4 ou 5 horas. “Levei a maioria do meu material da RCIA para eles” – diz.
Donna levantava sempre mais perguntas. “Eu fazia as questões que trazia das ruas, para as quais me sentia mais desesperada por respostas, e falava ao Senhor Jesus como se tivesse uma conversa com outro ser humano no carro” – diz ela. “Meus lábios se moviam e eu não dava atenção a quem me via”.
Ela lutou com a real possibilidade de que a admissão na Igreja Católica poderia significar a perda do emprego de seu marido. “Assim, eu disse: Senhor o que estou fazendo após 25 anos de ministério? O que há com minhas mãos? Eu não estou preparada para me tornar pedicure ou manicure” – ri. “Então o Espírito Santo me falou no coração: ‘Eu não estou questionando a sua concordância. Estou tratando da sua conformação com a imagem de Cristo’”. Exatamente 8 meses depois, Donna se dirigiu a seu marido numa tarde e anunciou: “Eu sou Católica”.
A CONDUTA CAUTELOSA DE ROMA
Mas o processo de admissão na Igreja não é de modo algum tão rápido. A Maranatha comunicou-se com a Arquidiocese de Detroit durante mais de um ano. A Arquidiocese está procedendo com cautela já que há muito a ser estudado, incluindo a RCIA, a situação dos re-casados e as posições do ministério católico adequadas para os ministros do Maranatha.
Ned McGrath, diretor de comunicações da Arquidiocese de Detroit, liberou a mudança à adoção do Credo. “No espírito do Grande Jubileu, o Cardeal Maida e a Arquidiocese se abriram ao questionamento de outros líderes cristãos e/ou suas congregações em perspectiva a possíveis mudanças para associações individuais à Igreja Católica Romana. Até agora esses diálogos podem e devem ser descritos como introdutórios, privados e inconclusivos”.
Há algumas semanas, o bispo Moses Anderson, único bispo afroamericano de Detroit, realiza o culto nos domingos na Maranatha. Após o culto ele responde às perguntas e diz à Congregação que os bispos estão excitados com a situação ocorrida ali. “Ele diz que os bispos discutem tanto porque não querem parecer estar tirando vantagem da situação” -afirma Walters.
Por enquanto, há a possibilidade do pastor Jones entrar para o seminário e se tomar padre ou diácono católico. Pastores casados de outros credos têm feito exatamente isso: Steve Anderson, de White Lake, era padre numa igreja carismática episcopal antes de deixar sua igreja e presbiterato para se unir á Igreja Católica. Casado e pai de três jovens rapazes, Anderson recebeu a permissão de Roma para se tornar um padre católico e entrará no Seminário Maior do Sagrado Coração no outono, para começar três anos de estudos antes de ser ordenado para a Diocese de Lansing.
Ironicamente, Anderson encontrou Jones há alguns anos atrás, por ocasião de um encontro de pastores da área de Detroit, liderado pelos Guardas da Aliança. “Aconteceu que nós nos sentamos próximos um do outro” – diz Anderson.“Não estava planejando me tornar católico naquele tempo. Falamos acerca dos primitivos Padres da Igreja e nos tornamos bons amigos”.
O Rev. Jones não se perturba sobre seu futuro como ministro. Ele diz que está preparado para fazer o que o cardeal Adam Maida o aconselhe a fazer. “Posso sair e conseguir um emprego agora” – ri Jones. Ele foi professor da escola púbica de Detroit por 28 anos, 17 dos quais conjugando esse estudo com seu trabalho pastoral.
SER OU NÃO SER CATÓLICO
Tudo, finalmente, se decidiu com o voto de 4 de junho. A questão: “Você quer tomar os próximos passos necessários para admissão na Igreja Católica?” Logo que a Congregação entrou pelas grandes portas de madeira do Maranatha,todos começaram a colocar seus votos amarelos na urna. Não importava qual o resultado, a família Jones – incluindo os três rapazes e suas famílias – sabiam que continuariam sua caminhada em direção à Igreja Católica. Irromperam aplausos quando a decisão a favor de se tornar católica foi anunciada, mas a vitória foi agridoce.
Jones encorajava os 19 que votaram para não continuar na Congregação, já que ela continuaria com a mudança; mas ele já previra que alguns a deixariam. “Este é o aspecto mais penoso da coisa. Ver pessoas que você ama ir embora porque não entenderam” – diz Jones.
Até mesmo membros da igrejas vizinhas estavam transtornados. “É como se eu tivesse me unido ao inimigo, como se os tivesse traído. Teve gente me chamando de volta, dizendo: Eu o amo, estou rezando por você, mas não entendo o que está fazendo’. E não importava você tentar fazê-los entender: eles não queriam ouvir”.
Entre esses 19 da Maranatha estava Leola Crittendoh, 64 anos. “Sou uma das pioneiras” – ela diz. “É como a morte da igreja. É de cortar coração”. Crittendon disse que nunca assistira às reuniões das tardes de quartas-feiras porque sabia que não se tornaria Católica. “Isso não era comigo”. O Pastor Jones - diz ela – era como um irmão para ela e para sua família. “Nós o amamos ternamente; desejamos que fique bem e rezamos por ele diariamente; mas a família vai em busca de outra igreja” – diz Crittendon. “O Pastor Jones disse que essa era a vontade de Deus para ele, mas essa não é a vontade de Deus para mim e a minha família”.
Para outros foi ocasião de festa: “Estou muito feliz” – diz a sobrinha de Jones, Linda Stewart. “Não posso esperar para entrar em comunhão plena com a Igreja [católica] porque acredito realmente que ela é a Igreja que Cristo deixou aqui e preciso ser parte dessa Igreja”.
Diz DeGloria Thompson, uma mãe divorciada com dois adolescentes: “É excitante estar exatamente na linha da Igreja de Cristo”.
“Estou pronto” – diz Gregório Clifton, 41 anos, pai de quatro jovens crianças. “Gosto de ir e receber a Eucaristia”.
O Reverendo Michael Williams tinha sido durante 12 anos um dos mais velhos da Maranatha. “Sei seguramente, sem qualquer sombra de dúvida, que esta mudança é uma mudança divina e a direção que estamos tomando é uma direção divina”.
O rev. Alex Jones também sabe disso. “Este é um trabalho definitivamente do Santo Espírito” – diz. “Quando me foi revelado que esta era sua Igreja, não tive uma decisão difícil a tomar, embora soubesse que custaria tudo” – diz.
Agora há a necessidade de um templo para a nova igreja. Os membros da Maranatha têm 30 dias para encontrar um. Jones não está perturbado. “Confiamos em que Deus nos encontrará um” – diz. Para o Pastor Jones e para a Congregação Marantha, esta história continuará…
REFLETINDO…
Mais uma vez verifica-se que o fio condutor que levou os irmãos protestantes ao Catolicismo foi o estudo da história da Igreja e de seus grandes escritores: estes manifestam a ação do Espírito Santo que acompanhou o desenvolvimento do grão de mostarda semeado por Jesus e entregue aos Apóstolos e seus sucessores com a promessa de assistência infalível. A árvore que é hoje a Igreja Católica, corresponde ao grão de mostarda inicial. O estudo da história mostra a ação do Espírito Santo para evitar degenerescência.
O olhar do protestante é bem diverso. Dir-se-ia que, para ele, o Cristianismo começa com Lutero ou um reformador posterior. Ignora ou faz como se ignorasse as grandes testemunhas da fé antigas e medievais. Donde surge a pergunta: Deus terá esquecido a sua Igreja? Jesus terá traído os seus seguidores, permitindo que caíssem no paganismo, do qual Lutero os veio libertar? Visto que estas hipóteses são inadmissíveis, resulta que existe continuidade entre Jesus Cristo e a Igreja Católica de hoje, continuidade mediante a qual conhecemos o verdadeiro Cristo e sua autêntica mensagem. Quem se afasta desta continuidade encontra apenas o “bom senso” de “profetas” humanos.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Discurso de Bento XVI aos namorados - XXV CEN italiano





ENCONTRO COM OS JOVENS NAMORADOS XXV CONGRESSO EUCARÍSTICO NACIONAL
Visita Pastoral a Ancona (Itália)
Domingo, 11 de setembro de 2011



Queridos namorados!

Estou feliz por concluir esta intensa jornada, cume do Congresso Eucarístico Nacional, encontrando-me convosco, quase desejando confiar a herança deste evento de graça às vossas jovens vidas. A Eucaristia, dom de Cristo para a salvação do mundo, indica e contém o horizonte mais verdadeiro da experiência que estais vivendo: o amor de Cristo enquanto plenitude do amor humano. Agradeço ao Arcebispo de Ancona-Osimo, Dom Edoardo Menichelli, pela sua cordial saudação, e a todos vós por essa vivaz participação; obrigado também pelas perguntas que me tendes dirigido e que eu acolho confiando na presença em meio a nós do Senhor Jesus: Ele somente tem palavras de vida eterna, palavras de vida para vós e para o vosso futuro!

Aquelas que apresentais são interrogações que, no atual contexto social, assumem um peso ainda maior. Gostaria de oferecer-vos algumas orientações para uma resposta. Em certos aspectos, o nosso não é um tempo fácil, sobretudo para vós, jovens. A mesa está preparada com tantas coisas deliciosas, mas, como no episódio evangélico das bodas de Caná, parece que veio a faltar o vinho da festa. Sobretudo a dificuldade de encontrar um trabalho estável estende um véu de incerteza sobre o futuro. Essa condição contribui para adiar a tomada de decisões definitivas, e incide de modo negativo sobre o crescimento da sociedade, que não chega a valorizar plenamente a riqueza das energias, das competências e da criatividade da vossa geração.

Falta o vinho da festa também em uma cultura que tende a prescindir de claros critérios morais: na desorientação, cada um é forçado a mover-se de maneira individual e autônoma, muitas vezes apenas no perímetro do presente. A fragmentação do tecido comunitário reflete-se em um relativismo que mina os valores essenciais; a harmonia de sentimentos, estados de ânimo e de emoções parece mais importante que a partilha de um projeto de vida. Também as escolhas de fundo, portanto, tornam-se frágeis, expostas a uma perene revogabilidade, que muitas vezes é tida como expressão de liberdade, mesmo que assinale, mais que tudo, a carência. Pertence a uma cultura privada do vinho da festa também a aparente exaltação do corpo, que, na realidade, banaliza a sexualidade e tende a fazê-la viver fora de um contexto de comunhão de vida e de amor.

Queridos jovens, não tenhais medo de afrontar esses desafios! Não percais nunca a esperança. Tendes coragem, também nas dificuldades, permanecendo firmes na fé. Estais certos de que, em cada circunstância, sois amados e protegidos pelo amor de Deus, que é a nossa força. Por isso, é importante que o encontro com Ele, sobretudo na oração pessoal e comunitária, seja constante, fiel, exatamente como é o caminho do vosso amor: amar a Deus e sentir que Ele me ama. Nada nos pode separar do amor de Deus! Estejais certos, pois, que também a Igreja vos é próxima, vos sustenta, não cessa de olhar para vós com grande confiança. Ela sabe que tendes sede de valores, aqueles verdadeiros, sobre os quais vale a pena construir a vossa casa! O valor da fé, da fé, da família, das relações humanas, da justiça. Não vos desencorajeis diante das carências que parecem tirar a alegria da mesa da vida. Nas núpcias de Caná, quando vem a faltar o vinho, Maria convidou os servos a dirigir-se a Jesus e deu-lhes uma indicação preciosa: "Fazei o que ele vos disser" (Jo 2,5). Tenhais como um tesouro a essas palavras, as últimas de Maria reportadas no Evangelho, quase o seu testamento espiritual, e tereis sempre a alegria da festa: Jesus é o vinho da festa!

Como namorados, vos encontrais a viver uma época única, que abre à maravilha do encontro e faz descobrir a beleza de existir e de ser preciosos para alguém, de poder-vos dizer reciprocamente: tu és importante para mim. Vivais com intensidade, gradualidade e verdade esse caminho. Não renuncieis a perseguir um ideal alto de amor, reflexo e testemunho do amor de Deus! Mas, como viver essa fase da vossa vida, testemunhar o amor na comunidade? Gostaria de dizer-vos, antes de tudo, que eviteis vos trancar em relacionamentos íntimos, falsamente tranquilizadores; façais, mais que tudo, que a vossa relação torne-se levedo de uma presença ativa e responsável na comunidade. Não esqueçais, pois, que, para ser autêntico, também o amor exige um caminho de amadurecimento: a partir da atração da inicial e do "sentir-se bem" com o outro, educai-vos a "querer bem" ao outro. O amor vive de gratuidade, de sacrifício de si, de perdão e de respeito pelo outro.
Queridos amigos, cada amor humano é sinal do Amor eterno que nos criou, e cuja graça santifica a escolha de um homem e de uma mulher em dar-se reciprocamente a vida no matrimônio. Vivais esse tempo do namoro na expectativa confiante de tal dom, que é acolhido percorrendo uma estrada de consciência, de respeito, de atenções que não deveis nunca ferir: somente nessa condição a linguagem do amor permanecerá significativa também ao passar dos anos. Educai-vos, pois, desde agora à liberdade da fidelidade, que leva a se proteger reciprocamente, até viver um pelo outro. Preparai-vos para escolher com convicção o "para sempre" que conota o amor: a indissolubilidade, antes que condição, é dom a ser desejado, pedido e vivido, para além de todas as mutáveis situações humanas. E não pensais, segundo uma mentalidade difusa, que a convivência seja garantia para o futuro. Queimar as etapas leva a "queimar" o amor, que, ao contrário, tem necessidade de respeitar os tempos e a gradualidade nas expressões; tem necessidade de dar espaço a Cristo, que é capaz de tornar um amor humano fiel, feliz e indissolúvel. A fidelidade e a continuidade do vosso querer-vos bem vos tornarão capazes também de ser abertos à vida, de serem pais: a estabilidade da vossa união no Sacramento do Matrimônio permitirá aos filhos que Deus desejar vos dar crescer confiantes na bondade da vida. Fidelidade, indissolubilidade e transmissão da vida são os pilares de cada família, verdadeiro bem comum, patrimônio precioso para toda a sociedade. Desde agora, fundai sobre tudo isso o vosso caminho rumo ao matrimônio e testemunhai-o também aos vossos coetâneos: é um serviço precioso! Sejais gratos a quantos, com compromisso, competência e disponibilidade vos acompanham na formação: são sinal da atenção e do cuidado que a comunidade cristã vos reserva. Não sejais sós: busqueis e acolheis por primeiro a companhia da Igreja.

Gostaria de voltar ainda sobre um ponto essencial: a experiência do amor tem no seu interior a tensão rumo a Deus. O verdadeiro amor promete o infinito! Fazei, portanto, deste vosso tempo de preparação ao matrimônio um itinerário de fé: redescubrais para a vossa vida de casal a centralidade de Jesus Cristo e do caminhar na Igreja. Maria ensina-nos que o bem de cada um depende do escutar com docilidade a palavra do Filho. Em quem se confia n'Ele, a água da vida cotidiana transforma-se no vinho de um amor que torna boa, bela e fecunda a vida. Caná, de fato, é anúncio e antecipação do dom do vinho novo da Eucaristia, sacrifício e banquete no qual o Senhor nos alcança, renova e transforma. Não firais a importância vital desse encontro: a assembleia litúrgica dominical vos encontre plenamente participantes; da Eucaristia brota o sentido cristão da existência e um novo modo de viver (cf. Exort. ap. postsin.Sacramentum caritatis, 72-73). Não tenhais, então, medo de assumir a comprometedora responsabilidade da escolha conjugal; não temais em entrar neste "grande mistério", no qual duas pessoas tornam-se uma só carne (cf.Ef 5,31-32).

Caríssimos jovens, confio-vos à proteção de São José e de Maria Santíssima; seguindo o convite da Virgem Mãe – "Fazei o que ele vos disser" – não vos faltará o sabor da verdadeira festa e sabereis levar o "vinho" melhor, aquele que Cristo dá para a Igreja e para o mundo. Gostaria de dizer-vos que também eu sou próximo a vós e a todos aqueles que, como vós, vivem esse maravilhoso caminho do amor. Abençoo-vos de todo o coração!

sábado, 3 de setembro de 2011

Fica comigo Senhor.


Fica comigo, Senhor, pois preciso da tua presença para não te esquecer. Sabes quão facilmente posso te abandonar.
Fica comigo, Senhor, porque sou fraco e preciso da tua força para não cair.
Fica comigo, Senhor, porque és minha vida, e sem ti perco o fervor.
Fica comigo, Senhor, porque és minha luz, e sem ti reina a escuridão.
Fica comigo, Senhor, para me mostrar tua vontade.
Fica comigo, Senhor, para que ouça tua voz e te siga.
Fica comigo, Senhor, pois desejo amar-te e permanecer sempre em tua companhia.
Fica comigo, Senhor, se queres que te seja fiel.
Fica comigo, Senhor, porque, por mais pobre que seja minha alma, quero que se transforme num lugar de consolação para ti, um ninho de amor.
Fica comigo, Jesus, pois se faz tarde e o dia chega ao fim; a vida passa, e a morte, o julgamento e a eternidade se aproximam. Preciso de ti para renovar minhas energias e não parar no caminho.
Está ficando tarde, a morte avança e eu tenho medo da escuridão, das tentações, da falta de fé, da cruz, das tristezas. Oh, quanto preciso de ti, meu Jesus, nesta noite de exílio.
Fica comigo nesta noite, Jesus, pois ao longo da vida, com todos os seus perigos, eu preciso de ti.
Faze, Senhor, que te reconheça como te reconheceram teus discípulos ao partir do pão, a fim de que a Comunhão Eucarística seja a luz a dissipar a escuridão, a força a me sustentar, a única alegria do meu coração.
Fica comigo, Senhor, porque na hora da morte quero estar unido a ti, se não pela Comunhão, ao menos pela graça e pelo amor.
Fica comigo, Jesus. Não peço consolações divinas, porque não as mereço, mas apenas o presente da tua presença, ah, isso sim te suplico!
Fica comigo, Senhor, pois é só a ti que procuro, teu amor, tua graça, tua vontade, teu coração, teu Espírito, porque te amo, e a única recompensa que te peço é poder amar-te sempre mais.
Como este amor resoluto desejo amar-te de todo o coração enquanto estiver na terra, para continuar a te amar perfeitamente por toda a eternidade. Amém.

São Padre Pio de Pietrelcina.

Vida em Deus...

  

       
          Ter uma boa vida, ser bem sucedido profissionalmente e economicamente, tem sido o sonho de consumo de muitas pessoas hoje. Em um mundo onde o ter e o poder são de fundamental importância, as vezes as coisas simples da vida são deixadas de lado. São descartadas. Não tem importância. Talvez isso seja a explicação de tantos matrimônios destruidos, tanta morte, tanta falsidade e egoísmo.
          O mundo se tornou laico. Não quer saber de Deus. Os homens parecem ter como lema de vida, a frase do filosofo alemão Friedrich Nietzsche, onde ele diz:" Deus está morto." Não! Isso não é verdade. Deus está vivo, e jamais se esquece daqueles que o temem, que o servem e buscam uma vida de santidade. Se a sua vida não está bem, não é por culpa de Deus. A culpa é sua. Sua vida só vai ser boa, quando você reconhecer e proclamar Jesus, como o seu Senhor. Aceitar que você é limitado, que você não é o todo poderoso, você é humano. Imperfeito. Mais muito amado por Deus.
           Ter uma vida em Deus, não é fácil. Poderia dizer que é um mar de rosas, mas são rosas cheias de espinhos. Existe duas diferenças entre uma vida em Deus e sem Ele. Uma pessoa que tem Jesus como Senhor, é uma pessoa normal. Tem problemas, dividas para pagar, tem desavenças familiar, mais sabe que tudo isso não é nada comparado ao amor que Deus tem por ela. Tudo se torna minusculo diante do seu Senhor. Já uma que não tem Deus na sua vida, tudo se torna gigante. Tem medo, os problemas parecem não ter fim. É triste.
           Então, qual das duas vidas você quer viver? A escolha é sua. Deus lhe ama tanto ao ponto de lhe deixar livre, para escolher. Ele não tira sua liberdade. Ele lhe dar a verdadeira librdade. Vem pra Jesus. Ele te ama e te espera.

Deixe Deus ser Deus na sua vida, e você verá a diferença.

Deus lhe abennçoe!
Salve maria...